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Vício em jogos de azar: um problema crescente que afeta saúde mental e emocional de milhares de brasileiros

Da redação da Módulo FM 3gt63

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Postado em: 24/05/2025

Foto ilustrativa: Freepik

O vício em jogos de azar, como os populares aplicativos de aposta — entre eles o chamado "tigrinho" — tem se tornado cada vez mais comum e preocupante, especialmente entre jovens e pessoas da classe C. A psicóloga e psicanalista Cecília Salomão explicou em entrevista à Módulo FM os impactos profundos que esse tipo de dependência pode causar na saúde mental e emocional dos indivíduos.

Segundo Cecília, o vício está ligado a um mecanismo de compulsão e repetição, em que o indivíduo busca, de forma inconsciente, preencher uma sensação de "falta". Essa busca por completude encontra nos jogos uma sensação rápida e intensa de satisfação, o que os torna altamente viciantes. O vício em apostas, inclusive, ativa os mesmos centros de recompensa do cérebro que drogas como o crack e a heroína.

Um dos agravantes é o fácil o: diferentemente das drogas ilícitas, o jogo está literalmente na palma da mão, disponível 24 horas por dia por meio do celular. "É muito difícil se desvincular do objeto do vício quando ele faz parte do cotidiano, do trabalho, das relações sociais", afirmou a psicóloga.

A profissional também destacou o papel da mídia e das redes sociais na promoção dos jogos. Influenciadores com grande alcance entre adolescentes e jovens adultos têm divulgado essas plataformas, mesmo com a proibição para menores de 18 anos. “A tentação é muito grande. As promessas de dinheiro fácil atingem em cheio quem já vive sem perspectivas ou deseja melhorar de vida rapidamente”, completou.

Cecília alertou ainda que a regulamentação dos jogos pode até dar mais visibilidade ao problema, mas não resolve a raiz do vício, que é psíquica e social. Ela defende ações de conscientização, educação emocional e políticas públicas de prevenção.

Confira a entrevista na íntegra.

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